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O Ministro João Baptista Borges confirma que a Central Hidrelétrica do Cunje entrará em operação

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O Ministro João Baptista Borges confirma que a Central Hidrelétrica do Cunje entrará em operação

Na cidade de Benguela, o Ministro da Energia e Águas anunciou a entrada em operação, ainda neste ano, da usina hidrelétrica de Cunje, situada na vila de Camacupa, na província de Bié. Essa usina esteve inativa por mais de três décadas devido aos danos causados durante o período de conflito armado. Durante a abertura do 12º Conselho Consultivo do Ministério, que tem como tema «Energia e Águas Rumo à Expansão e Melhoria da Qualidade dos Serviços», o Ministro João Baptista Borges enfatizou que, embora a capacidade de produção seja modesta, de aproximadamente um megawatt, ela representa um orgulho por fazer parte do parque gerador de eletricidade do país.

No entanto, as empresas que atuam no setor elétrico e de água enfrentam desafios consideráveis na arrecadação de receitas, apesar de haver uma tendência positiva. O Ministro incentivou os gestores a serem mais criativos na busca de soluções inovadoras para resolver esses problemas. Durante seu discurso, o Ministro também delineou o cenário atual das empresas sob sua responsabilidade, evidenciando suas «limitações e ineficiências» que representam riscos significativos para a estabilidade de todo o setor.

Ele observou que a ENDE, que é responsável por comercializar grande parte da energia produzida, ainda não possui um sistema de gestão comercial eficiente e enfrenta uma escassez significativa de medidores, inclusive entre os maiores clientes. Em todo o país, explicou que, na categoria de baixa tensão, a ENDE atende a 1.955.483 consumidores, dos quais 701.000 têm medidores pré-pagos, 84.120 possuem medidores pós-pagos e 1.170.363 não têm medidores. Na categoria de média tensão, o país possui um total de 7.782 consumidores, dos quais 3.678 possuem sistemas de medição e 4.104 não possuem. João Baptista Borges enfatizou a necessidade urgente de modernização do sistema de gestão, incluindo a base de dados dos clientes.

No setor de água, a situação das perdas é ainda mais preocupante, especialmente na província de Luanda, que abriga o maior número de consumidores. A ineficiência nessa área chega a cerca de 30%. Além disso, devido a avarias prolongadas em bombas e reservatórios, apenas 500.000 metros cúbicos de água são produzidos diariamente, enquanto a capacidade instalada é de 800.000 metros cúbicos. O Ministro ressaltou que as perdas técnicas devido a vazamentos agravam o desperdício, sem mencionar a água desviada das canalizações devido a atos de vandalismo e garimpo. Ele instou a administração da EPAL a fazer esforços para aumentar a cobrança, instalando um sistema de medição apoiado por uma base de gestão robusta, à prova de fraudes e facilmente auditável.

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